O jogo é um passatempo comum em todo o mundo, incluindo Portugal. No entanto, nos últimos anos, tem havido um aumento significativo do número de pessoas que sofrem de problemas associados ao jogo, como dependência, dívida e problemas de saúde mental. Em resposta, grupos de interesse têm movido um processo legal contra os jogos de azar em Portugal, questionando a legalidade da sua prática e a adequação da sua regulamentação.

A regulamentação dos jogos de azar em Portugal é feita pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). A SCML tem o monopólio sobre os jogos de azar, incluindo lotarias, raspadinhas e jogos de casino. Além disso, a SCML é responsável por distribuir os lucros dos jogos de azar para fins caritativos.

No entanto, alguns grupos de interesse questionam a legalidade da SCML, argumentando que ela operou de forma inadequada e sem supervisão por anos. Eles afirmam que o país precisa de uma agência independente para supervisionar o setor de jogos de azar e garantir que os jogadores possam participar de forma justa e segura.

Outro ponto de preocupação é o impacto social dos jogos de azar em Portugal. A dependência do jogo é um problema crescente em todo o país, com milhares de pessoas sofrendo de doenças mentais e acumulando dívidas insuperáveis. Além disso, há um impacto negativo significativo na economia, já que o dinheiro gasto em jogos de azar muitas vezes é dinheiro que não é gasto em outras necessidades, como alimentação, educação e habitação.

No entanto, não é apenas negativo o impacto dos jogos de azar em Portugal. Há também um argumento a favor da indústria, já que pode trazer benefícios econômicos significativos, como a criação de empregos e a geração de receita para o Estado.

A questão é que os jogos de azar em Portugal são um problema complexo, com impactos positivos e negativos. Embora seja importante proteger os jogadores vulneráveis e garantir que os jogos sejam realizados de forma justa e segura, também é importante não ignorar os benefícios econômicos que a indústria pode trazer. Se o processo legal continuar, será necessário encontrar um equilíbrio entre esses dois objetivos para garantir que os jogos de azar em Portugal possam ser regulados e operados de forma eficaz e justa.