A temática do sexo é um assunto polêmico em qualquer lugar, e no mundo dos quadrinhos não é diferente. Quando falamos de animações destinadas ao público infantil, a polêmica se intensifica ainda mais. Em 2010, a animação Meu Malvado Favorito surpreendeu muita gente ao incluir um quadrinho com uma cena de sexo entre os personagens em seu roteiro.

Na cena em questão, a personagem Margo, uma das filhas adotivas de Gru, o vilão do filme, procura em um livro sobre a puberdade informações sobre o que está acontecendo com ela. Quando os Minions (personagens amarelos divertidos que acompanham Gru) a surpreendem na leitura, ela fica envergonhada e fecha o livro. É nesse momento que vemos, em um quadro discreto, uma ilustração de um casal nu, com a legenda sexo.

Essa cena gerou muita polêmica na época e ainda é lembrada como um exemplo de como o cinema infantil pode se arriscar em questões de natureza adulta. Mas afinal, essa polêmica tem fundamento?

É importante lembrar que Meu Malvado Favorito é uma animação voltada para crianças, mas isso não significa que ela seja exclusivamente infantil. Assim como acontece em muitos filmes da Pixar, por exemplo, o roteiro de Meu Malvado Favorito tem elementos que tanto crianças quanto adultos podem apreciar.

A cena do quadrinho do sexo é um exemplo disso. Embora possa causar estranhamento em alguns adultos, ela é compreensível para quem já passou pela fase da puberdade e busca informações sobre o tema. Além disso, é importante destacar que a cena é discreta e não tem nenhum tipo de insinuação sexual explícita.

O mercado de cinema para crianças é bastante restrito, e incluir cenas como a do quadrinho de sexo pode ajudar a diversificar um pouco o público alvo. Não é incomum que os pais levem seus filhos ao cinema para assistir a uma animação e acabem gostando tanto quanto ou até mais do que as crianças.

Em resumo, a presença de cenas de sexo em quadrinhos em filmes infantis sempre será um assunto polêmico. No caso de Meu Malvado Favorito, a cena em questão é compreensível e discreta, e pode ser interessante para atrair um público maior. O importante é que os responsáveis saibam avaliar a natureza dos temas abordados e decidam de forma consciente se esse é um conteúdo apropriado para seus filhos.